Os tijolos ecológicos são uma alternativa sustentável aos tijolos convencionais, sendo feitos a partir de uma mistura de solo, cimento, água e aditivos ou pigmentos. O principal diferencial é que eles não precisam ser queimados, evitando a emissão de gases poluentes, comum no processo de fabricação dos tijolos tradicionais.
Com a incorporação de fibras naturais como sisal, coco e juta, esses tijolos ganham resistência adicional, ao mesmo tempo em que reduzem o consumo de cimento e promovem o uso de recursos renováveis.
Buscando integrar ainda mais a Engenharia de Materiais ao movimento de Sustentabilidade e criar uma conexão direta entre teoria e prática, a produção de tijolos ecológicos foi realizada no âmbito da disciplina Unidade Curricular de Extensão IV (UCE-IV), ministrada pela professora Dra. Sueila Silva Araújo, do Departamento de Engenharia de Materiais da UFPB.
Sustentabilidade na construção civil
Quando falamos de construção sustentável, estamos nos referindo a práticas que ajudam a reduzir o impacto ambiental. A construção civil é uma das principais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa, por isso, encontrar alternativas mais ecológicas para os materiais usados é urgente.
Aqui, entra a ideia dos tijolos ecológicos, que utilizam recursos renováveis e têm um ciclo de vida muito mais equilibrado, ajudando a construir de forma mais verde.
Tijolos Ecológicos com Fibras Naturais
Fibras naturais como as das folhas de abacaxi, do sisal, do bambu e da bananeira são perfeitas para criar tijolos ecológicos. Elas tornam o material mais leve e forte, além de serem mais sustentáveis do que os tijolos tradicionais que dependem de argila e cimento. Quando comparados aos tijolos convencionais, as opções ecológicas têm um ciclo de vida mais equilibrado e contribuem para reduzir as emissões de CO2.
Na UFPB, na disciplina Unidade Curricular de Extensão IV (UCE-IV), os alunos da Engenharia de Materiais tiveram a oportunidade de colocar a mão na massa. Sob a orientação da professora Dra. Sueila Silva Araújo, o projeto consistiu na produção de tijolos ecológicos com fibras naturais. A ideia era testar a resistência desses tijolos e estudar a viabilidade dessa solução na prática. Durante o processo, os alunos aprenderam sobre a escolha dos materiais, a fabricação e os testes, conectando teoria com a prática de forma significativa.
Parcerias para além dos muros da universidade
Um dos aspectos mais legais deste projeto foi a parceria com a Feira Agroecológica Ecovárzea. Os alunos da disciplina tiveram a chance de conversar com agricultores locais para identificar resíduos de fibras que poderiam ser reutilizados na produção dos tijolos ecológicos.
Com as fibras e materiais que eles reuniram, os alunos embarcaram na criação de tijolos ecológicos. O processo abrangeu tudo, desde a seleção dos materiais certos até a fabricação e teste de sua resistência, tudo com ênfase na sustentabilidade.
Essa experiência prática foi crucial para que os alunos entendessem como os conceitos aprendidos em sala de aula se traduzem em aplicações do mundo real e como esses tijolos podem servir como uma solução viável na indústria da construção.
Divulgação para a sociedade!
Ao final da disciplina, os alunos participaram de uma ação de extensão em parceria com a Barraca da Ciência, na ECIT Presidente João Goulart. Nessa ação, eles tiveram a oportunidade de compartilhar com a comunidade escolar o trabalho realizado, divulgando os benefícios dos tijolos ecológicos e mostrando como a ciência pode ser aplicada de forma prática para resolver problemas ambientais. Foi uma excelente forma de conectar o conhecimento acadêmico à realidade local e gerar um impacto positivo na comunidade.
Tijolos ecológicos são uma maneira fantástica de avançar para uma construção mais sustentável. Tivemos a oportunidade de ver como ideias podem transitar da teoria para a prática, beneficiando tanto a comunidade, a formação profissional e o meio ambiente. Esperamos que projetos como este inspirem outras iniciativas acadêmicas a adotar o pensamento sustentável, contribuindo para um futuro mais verde para todos.